sábado, 13 de junho de 2015

Desarmar Espíritos


            Nos últimos anos, a violência generalizada vem recrudescendo em várias cidades do mundo fazendo um estrago imenso, vitimando crianças, adolescentes e adultos de todas as camadas sociais e evidenciando a incapacidade do poder instituído em garantir o direito dos cidadãos de estarem em segurança no território que escolheram para viver.
            Analisando os registros dessa violência, é possível verificar desavenças internas nas famílias que acabam gerando agressões e mortes por motivos fúteis, ao mesmo tempo em que os conflitos urbanos de toda ordem vão se espalhando desde roubos, furtos ou desentendimentos ocasionados em bares, campos de futebol e em tantos lugares que, em determinados momentos, dá a impressão de vivermos uma verdadeira epidemia.
            A tendência é crescente, infelizmente e tende a vitimar mais pessoas de bem que não sabem o que fazer para conter esse estado de coisas. Alguns seres estão alienados a tudo isso e fingem que o que ocorre ao seu redor não tem a ver com as atitudes que tomam no dia a dia.
            Na verdade, é preciso montar uma grande corrente de desarmamento para que as pessoas analisem e pensem um pouco mais nas suas posturas. Alguns conflitos começam dentro das insatisfações internas dos indivíduos e vão tomando vulto a ponto de alcançar um nível acima do tolerável, atingindo outros ao seu redor e provocando prejuízos de diferentes ordens.
            Sem aprofundar a questão, é necessário que nos lembremos  de uma frase que propõe: “Amai ao próximo como a ti mesmo”, mesmo porque, quem  ama ao seu próximo é porque experimentou amar a si mesmo e está pronto a considerar as eventuais faltas que os outros cometerem e que poderiam significar algum tipo de desconforto.
            Aliado ao amor que devemos exercitar em  favor de uma vida saudável em todos os sentidos, é necessário considerar que somos seres errantes em processo contínuo de Evolução e, nessa direção, fomos convidados para viver num Planeta que está em transição, portanto, possibilitando o aprendizado em situações que se caracterizam como provas e expiações.
            Nessa grande escola a que estamos sendo submetidos, precisamos vencer os nossos próprios medos, nossas eternas insatisfações e começarmos a trabalhar incessantemente para que possamos aceitar os outros seres como eles verdadeiramente se apresentam, com falhas e muitas imperfeições, afinal, estamos todos num mesmo patamar de aprendizado.
            Agindo com prudência e moderação, exatamente porque não sabemos nada, ainda, é importante que reciclemos nossos procedimentos e que estejamos dispostos a perdoar as eventuais falhas daqueles que caminham ao nosso lado, sobretudo porque eles foram colocados nessa posição porque precisamos apreender juntos e compartilharmos as experiências em proveito comum.

            O estado ideal que merecemos vivenciar de tranquilidade e respeito em todos os sentidos passa pela nossa disposição e vontade de melhorar o entorno onde estamos estrategicamente colocados. Não dá para cobrar de quem quer que seja uma melhor situação de vida se cada um não fizer a sua parte. 

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