No mundo inteiro, os grandes projetos e ações
invariavelmente tiveram a condução de homens, que sempre se fizeram de fortes,
inteligentes e únicos, esquecendo de que a vida no Planeta Terra está sempre
sendo compartilhada pelos dois sexos, como uma forma absoluta de aprendizado.
Sob o ponto de vista da Espiritualidade, estar homem ou
mulher é uma condição necessária à evolução pessoal e intransferível deste ou
daquele ser, seguindo o princípio de que se não houver compreensão do papel que
cada qual deve assumir o ser terá que, necessariamente, voltar numa condição
diferente para compreender a função do outro sexo.
Felizmente, nos últimos anos, graças a estruturas mais
apropriadas de crescimento e evolução, a mulher começou a superar imensas
barreiras e assumir papéis importantes e fundamentais em vários países,
mostrando que tem condições de exercer funções de comando e influenciar na vida
de muitos cidadãos.
Elas passaram a ocupar os principais cargos como chefes
de estado e de governo, senadoras, deputadas, governadoras, prefeitas,
vereadoras, juízas, desembargadoras, altas patentes em organizações militares, promotoras
de justiça, diretoras e gestoras de grandes, médias e pequenas empresas
nacionais e internacionais e, sutilmente modificaram alguns conceitos e
preconceitos.
Embora a realidade indique uma mudança, ainda é possível
vermos e ouvirmos muitos comentários desairosos de que a mulher deveria
continuar “pilotando fogão”, num claro desrespeito a um esforço enorme que elas
demonstram em se destacarem, porque têm uma sensibilidade maior que a dos
homens e são capazes de respeitar mais e melhor as diferenças.
Nas eleições municipais muitas são as candidatas ao
legislativo e executivo em todo o país e não me canso de ouvir de muitas
eleitoras, pasmem, de que as mulheres não deveriam estar candidatas, porque
tais atividades são destinadas aos homens e, segundo elas, teriam mais força e
competência para exercerem tais funções.
Em pleno século 21 tais comentários e afirmações contrariam
a lógica e vão contra ao imenso trabalho desenvolvido pelos movimentos
feministas, que sempre defenderam e lutaram pela igualdade de oportunidades e
direitos, enterrando de vez a imensa discriminação de que as mulheres sempre
foram vítimas em nome de uma supremacia ilusória dos homens.
Vale
lembrar que durante muitos séculos, as mulheres eram impedidas de votar no
Brasil, somente passaram a ter esse direito no primeiro período do governo
Getúlio Vargas, de 1930 a 1937.
Nesse momento da vida nacional é importante que deixemos
de lado antigas convicções estereotipadas e que tenhamos a humildade de
reconhecer a importância do trabalho desenvolvido pelas mulheres. O que
precisamos saber e se o que cada uma delas propõe como perspectiva de trabalho
tanto no Executivo quanto no Legislativo está coerente com as necessidades e
anseios dos segmentos que irão representar.