terça-feira, 14 de julho de 2015

Energia Solar

O Brasil vive às voltas com problemas crônicos na geração de energia elétrica, principalmente nesse momento, quando a maioria das hidrelétricas sofre com a redução do fluxo de águas para a geração de energia devido à inconstância das chuvas, e o governo se vê obrigado a utilizar outras fontes como as produzidas por termelétricas, muito mais caras e extremamente poluidoras.
Outro fator negativo nessa área tem sido a utilização sistemática na construção de hidrelétricas de portes gigantescos, em várias partes do país, produzindo obras faraônicas que propiciam danos incomensuráveis ao meio ambiente por um lado e por outro o descontrole financeiro capaz de gerar corrupção nos órgãos implementadores, aumentando os custos e penalizando a população pela demora na execução das obras.
A situação fica mais complicada quando os departamentos gestores responsáveis  não conseguem ter um controle efetivo das redes de geração, transmissão e distribuição, muitas em condições precárias e, mesmo assim, credenciadas para continuarem prestando serviços em detrimento das necessidades dos cidadãos.
Tais absurdos são mantidos por força de contratos assinados pelas autoridades por longos períodos e o coitado do consumidor, a todo momento, toma sustos imensos com o aumento excessivo dos custos da utilização dessa energia, cujo procedimento é simples: o governo autoriza o reajuste e quem utiliza paga ou fica sem.
Na direção de alterar esse quadro, a utilização de energia solar poderia ser um diferencial e mudar completamente esse cenário tenebroso que a população vem assistindo nos últimos tempos.
O uso dessa energia poderia ser feito através da criação de redes de distribuição nos municípios, com programas de barateamento dos custos e a possibilidade de financiamento a juros mais baixos, capazes de incentivar as pessoas a aderirem ao sistema.
A energia solar é considerada limpa, não poluidora, além de não necessitar para sua instalação e uso de grandes equipamentos, ou seja, descartaria a intervenção e o aproveitamento por segmentos que hoje manipulam contratos para terem benefícios espúrios, ao arrepio e dano dos consumidores.
O maior ganho possível é que o Brasil tem energia solar sobrando e praticamente à disposição da população o ano inteiro, diferentemente de países como Alemanha, Chile, Finlândia e outros que, mesmo assim, utilizam-na frequentemente, porque se preocuparam em criar mecanismos eficientes de captação de energia solar, armazenamento e distribuição para utilização geral.
Falta ao governo brasileiro uma visão mais adequada e proativa para ser capaz de criar projetos de extensão, barateamento e popularização do uso desse tipo de energia. A criação de programas poderia ser acompanhada, devidamente, de linhas de financiamento público e privado disponíveis para quaisquer cidadãos.
Um dos fatores mais importantes é aproveitar a capacidade de conhecimento desenvolvida por profissionais do ramo, instalada nas faculdades e universidades do país, envolvendo todos eles, principalmente àqueles que já alcançaram notório saber no tema e podem contribuir efetivamente para a iniciativa atingir seus objetivos.
Outra questão relevante é interligar as redes criadas nas residências, empresas ou comércios nas redes públicas de energia, de tal forma, que seja possível distribuir/repassar o excedente de energia armazenado durante o dia nos momentos em que não tiver sol. Não esquecendo que o excedente não utilizado individualmente merece crédito para utilização posterior de quem produziu.

A coragem e a competência políticas determinarão o sucesso de empreendimentos que poderão fazer a diferença na vida da população.

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