Num
período de desenvolvimento humano tão complicado como o que atravessamos observamos
que é muito difícil manter a tranquilidade, a calma e exercitar solenemente a
paciência, uma das maiores e mais significativas virtudes humanas.
Pela
falta de pratica de algumas atitudes adequadas, travam-se guerras de diferentes
características em múltiplos momentos, onde seres humanos estão se confrontando
porque revelam uma pressa enorme em concretizar seus objetivos e ações.
A
pretensa possibilidade de suprir todas as necessidades básicas de uma só vez,
assim como a de seus dependentes, colocam esses seres humanos em linhas de conflitos
permanentes e insuperáveis, que os diminuem, deixando-os completamente
fragilizados.
Dentre
os fatores que mais são levados em conta estão à busca incessante pela
autonomia financeira nem sempre possível, além da necessidade de demonstrar aos
outros que aquele ser teria mais controle sobre suas coisas, o que nem sempre é
verdade absoluta.
Diante
dos desafios que se ampliam e renovam a cada dia, exigindo demais dos seres que
transitam por aqui, o que se vê constantemente são atitudes reprováveis de
pessoas que parecem ter muita pressa, sempre, cobrando dos seus iguais posturas
e comportamentos que são incapazes de colocar em prática.
Os
maiores problemas que precisam ser contornados estão literalmente dentro de
nossas casas. Muitas vezes, perdemos a oportunidade de dar exemplos inomináveis
para nossos filhos, sobrinhos e netos porque não consideramos as razões dos
outros. Nesse vai e vem de alternâncias, observa-se uma enorme e invariável
desagregação familiar.
No
trabalho e em tantos lugares que transitamos o comportamento não é diferente. Desejamos
ardentemente que os outros tenham paciência e nunca somos capazes de
pratica-la.
Quando
estamos na direção de um veículo seguindo para locais variados nem sempre temos
a coerência necessária para interagir com os outros motoristas. Nunca erramos. Quase
sempre, temos razão naquilo que fazemos e não aceitamos, de forma alguma, que
alguém nos atravesse o caminho e cometa uma barbeiragem qualquer.
Parece
que as pessoas se esqueceram de perceber que são seres errantes, em estágio
ainda de desenvolvimento, portanto, sem possuir as reais características para
se situar num patamar melhor, acima dos demais.
Em
quaisquer ocasiões, somos as pessoas com muita razão naquilo que nos propomos a
fazer, contrariando totalmente a realidade.
Faltam
em nós a humildade e a virtude da paciência, cujos pressupostos estão
fundamentados no verdadeiro controle emocional. Quando isso acontece, qualquer
um é capaz de suportar as situações angustiantes provocadas por terceiros, sem
perder a concentração e a calma.
De
acordo com várias literaturas, a paciência é baseada na tolerância e na assimilação
dos erros alheios sem a absorção de danos pessoais.
Todo
ser humano que acredita ter recebido educação de qualidade desde a mais tenra
idade deveria ser capaz de praticar intensamente a paciência em todos os
momentos de sua vida, até em situações-limites.
Como
forma de melhorar a qualidade de vida nas sociedades onde nos encontramos seria
fundamental que pudéssemos pensar nessa alternativa. Quem sabe, tenhamos a
possibilidade de usufruir de seus benefícios num curto espaço de tempo, para
felicidade geral.
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