Num
mundo com a complexidade que nos cerca alguns procedimentos revelam a
trajetória dos eventuais candidatos a políticos, em todos os níveis. Geralmente
estão fortemente cercados de apoiadores, pessoas de destaque em diversos
negócios, e muitas vezes ocupam funções estratégicas em administrações para seduzir
e motivar o público alvo.
Nota-se
claramente, que são seres dispostos a encarar enormes desafios, alguns,
preocupados com a resolução de questões que não fazem parte dos discursos
previamente desenvolvidos por aqueles que já estão no Poder, outros, no
entanto, são capazes de disfarçar seus verdadeiros e inconfessáveis objetivos.
Nos
projetos elaborados que tentam colocar em prática, articulam seus adeptos para
ocuparem todos os espaços possíveis, defendendo intransigentemente interesses
que motivem a população. Demonstram nessa tese, que todos os discursos estão devidamente
alinhados e que são coerentes com as ideias que pretendem colocar em prática.
Em
razão de inúmeras técnicas de convencimento exaustivamente construídas,
contratam por valores astronômicos os especialistas em marketing que serão os
idealizadores das imagens apropriadas para agradar aos eleitores das diversas
camadas da população. Nesse item em particular, quanto maior os valores
financeiros disponíveis maiores serão as chances de alcançar e motivar os
segmentos afins.
Nos
bastidores das campanhas políticas e em razão do porte e dos interesses dos
partidos aliados, duelos são travados internamente para definir quem teria mais
condições de “puxar” o bloco e, consequentemente, ter a primazia de ocupar as
melhores e mais destacadas funções, se obtiverem êxito no projeto.
Quem
está de fora não entende, a princípio, porque tantas empresas ou organizações
resolvem investir em candidatos potenciais se a rigor não teriam nenhum ganho
financeiro. Será?
Tudo
mostra que as verdadeiras intenções dos arranjos políticos não podem ser de
conhecimento geral, precisam ser preservadas ou restritas a um pequeno número
de interessados, custe o que custar.
As
lutas internas nas coligações geralmente são sórdidas e, quem tem maior poder
de persuasão, consegue estabelecer suas estratégias e se posicionar melhor na
condução dos blocos que teoricamente ocupariam os cargos majoritários.
Na
parte externa desses conchavos estão os ingênuos e abandonados eleitores, que
acreditam nas maquinações feitas porque querem ter a possibilidade de escolher,
de fato, pessoas que defendam seus nem sempre respeitados direitos, ou que
representem seus interesses nos mais diferentes fóruns. Entretanto, são
iludidos por verdadeiros mágicos políticos, senhores das perdidas ilusões.
Os
eleitores ainda não perceberam o potencial que os caracteriza e sequer se
mobilizam para não sofrerem as manipulações de diferentes ordens a que são
vítimas.